Os fatores de risco para doenças cardiovasculares em adultos e idosos incluem em sua lista além dos aspectos biológicos e clínicos, a necessidade de suporte e bem-estar psicossocial no indivíduo.
Em um mundo como o de hoje não podemos dizer que a ausência de suporte emocional e possíveis traumas pode ser a prevenção contra as doenças, mas sim como lidamos com as nossas experiências de afeto negativas e positivas em situações de estresse.
Outro aspecto importante é a dificuldade de adaptação a novas mudanças ou o estabelecimento de novos padrões comportamentais em nossa vida, como por exemplo deixar de ter um hábito que possa prejudicar à saúde (como fumar) ou adquirir uma nova rotina que melhore nossa qualidade de vida.
O que podemos perceber é que os riscos para a nossa saúde não estão nos problemas em si, mas na forma como lidamos com eles, o que podem nos dizer o quão vulneráveis estamos diante dos processos facilitadores para desenvolver estados depressivos ou ansiosos.
Ter maior consciência e conhecimento de nossas emoções e buscar maior positividade e flexibilidade diante de nós e da vida pode ser uma grande fonte de prevenção e harmonia.
Artigo escrito pela Dra. Claudia Drucker, psicóloga do Instituto Longevità, Afiliada da Disciplina de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM. Mestre em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP). Doutoranda pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM