Você conhece alguém que tem dificuldade para engolir alimentos ou sofre com engasgos constantes?
 

Essa pessoa pode estar com disfagia!

A disfagia é um problema que se caracteriza pela dificuldade de deglutição (ato de engolir), que pode acontecer ao engolir, alimentos, líquidos ou até mesmo a saliva!

Existe a disfagia mecânica, geralmente encontrada em indivíduos que foram acometidos por alguns tipos de cânceres, mas o mais comum é a disfagia neurogênica. Ela pode estar relacionada a coisas simples, como comer rápido demais, não mastigar direito os alimentos (ex: por causa da velocidade aumentada), má saúde bucal (ex: ausência de dentes ou uma prótese dentária mal adaptada), mas pode estar associada a questões mais sérias, como o próprio envelhecimento, doenças musculares e neurológicas, como o Acidente Vascular Encefálico(AVE), a Doença de Parkinson, a Esclerose Lateral Amiotrofica (ELA), a Esclerose Múltipla (EM), alguns tumores, demências em estados moderados a avançados, entre outros.

É importante destacar que a disfagia é um sintoma, ou seja, é o sinal de que algo não está bem.

Os sinais clássicos são tosse e engasgo, mas podem ocorrer também alterações respiratórias durante as refeições e sensação de alimento parado na garganta ou peito. 

No caso de paciente com problemas neurológicos é preciso que fiquemos ainda mais atentos à essas dificuldades, pois existe a chamada "aspiração silente”, que ocorre quando, ao deglutir, parte do que é engolido é direcionado para o pulmão e não o sistema digestivo, sem qualquer sinal de alteração antes, durante ou logo após as refeições. 

As principais consequências da disfagia são: desnutrição, desidratação, infecções respiratórias, podendo levar o paciente a óbito!

O diagnóstico diferencial do problema é feito pelo fonoaudiólogo, profissional qualificado para determinar qual a via de alimentação é mais adequada/segura para cada indivíduo. Ele fará uma avaliação clínica, coletando dados e histórico do caso, avaliação das estruturas físicas envolvidas, da deglutição propriamente dita, e se necessário, solicitará exames objetivos e de imagem.

O tratamento é determinado após a avaliação, e ele geralmente é composto por exercícios que melhoram a força e o movimento dos músculos da região do nariz, boca e garganta, mudanças das consistências dos alimentos e/ou líquidos, mecanismos de proteção das vias aéreas e manobras posturais durante as refeições.